Através de testemunhos é mais fácil transmitir o que determinada abordagem terapêutica é (ou não é), em que situações pode ajudar e de que forma. Este é o testemunho de MR, 52 anos, que faz sessões regulares de Terapia Transpessoal desde o início de janeiro de 2024.
«Há algum tempo, perdi quatro pessoas muito importantes para mim. Três delas eram os meus “mundos”, os meus alicerces, a lua, o sol e as estrelas, aquelas que tinham toda a minha confiança e o meu amor incondicional, eram a minha vida. Fiquei perdida e sem abrigo após as suas partidas.
A outra pessoa era eu. Sentia-me perdida, abandonada, cansada, aliás, completamente esgotada, sem combustível para viver, para sorrir e até para apenas sobreviver mais um dia.
Estava irreconhecível quando pela primeira vez me permiti ver-me realmente com verdade, sem subterfúgios.
Onde estava a mulher forte, independente, cheia de vontade de viver, alegre, bondosa, carinhosa e com amor e energia para “dar e vender”? Quem era aquela mulher que eu agora via, sem forças, sem brilho, mais do outro lado do que cá, apática, com receio de sentir fosse o que fosse?
De onde tinham vindo aqueles medos e quando apareceram sem eu dar por eles. O que me tinha acontecido neste percurso? Onde me perdi? Quando me perdi? Foi num momento único? Foram várias situações? E, onde eu estava, a que tomava atenção que não percebi que me estava a perder?
Precisava de conhecer aquela mulher, quem ela é, o que gosta e o que não gosta, o que precisa e pretende da vida, qual o caminho dela. Será que ela ainda tem forças para percorrer esse caminho, será que ele ainda existe e será que ela o quer?
Estas questões vieram e não saíram mais de dentro de mim, ecoavam tipo trovões e conscientemente adiava responder, procrastinação mental, como lhe chamava, adiava a inevitável tomada de decisão, enrolava-me e deixava-me ir. Iria permitir qua a escuridão infindável me abraçasse e levasse ou, mais uma vez, lutava?
Foi nesta altura que vi uma publicação da Andreia Vieira e senti que era aquilo, a Terapia Transpessoal (TT), que eu precisava, o que me iria ajudar a responder a todas as minhas questões, iria conseguir saber quem era esta nova pessoa, os seus anseios, desejos, vontades, medos e provavelmente iria conseguir amá-la, voltar a sorrir e a ter vontade de viver, de experimentar coisas novas. Foi a minha “luz ao fundo do túnel”.
A TT é uma terapia humanista e espiritual, sendo que o espiritual está relacionado com o conhecimento e relacionamento do ser, o relacionamento com o Universo, com a essência e o interior do ser e, nada tem a ver com espiritismo ou paranormal. Utiliza vários métodos adequados e adaptados a cada um, que permitem conhecer e/ou reconhecer a nossa essência, o nosso crescimento, o nosso caminho e nos ajuda a vermos e a sermos a nossa melhor versão.
A Andreia tem sido a candeia que alumia o meu caminho, mostrou-me ferramentas necessárias e extraordinárias para o fazer, ajudou-me a descobrir o meu brilho e a aumentá-lo. Com a ajuda da Andreia e da TT percebi que não procrastinava, apenas “lambia as feridas” das imensas batalhas que travei, dava tempo ao meu corpo, ao meu ser para sarar e recuperar.
Percebi que tudo o que dava aos outros negava a mim própria, como empatia, bondade, compreensão, aceitação, o não julgamento, amor.
Percebi que situações que considerava sanadas e resolvidas, na realidade não estavam.
Com todas as ferramentas que me foram dadas aprendi a distanciar-me e a analisar as situações, a vê-las de outra perspetiva. Aprendi a distinguir as vozes do ego e da consciência. Aprendi tanto.
Tem sido um caminho maravilhoso de descobertas infindáveis e deveras interessantes, repleto de trabalho árduo (de ambas as partes), muita análise de situações, sentimentos, emoções.
Aprendi imenso sobre mim, sobre quem sou, a minha essência, o meu caminho.
Neste momento, já consigo responder a muitas das questões que tinha, já me conheço melhor, conheço as minhas apetências, as minhas capacidades, as minhas fraquezas, os meus gostos, o que quero e, acima de tudo, o que não quero.
Estou a reconstruir-me, comecei a amar-me, já gosto e reconheço a imagem refletida no espelho, tenho muito orgulho em mim, porque sou forte e uma lutadora com uma grande capacidade de regeneração.
Aceito-me como sou e aceito que estou em transformação, sou generosa e bondosa comigo. De vez em quando, já me dou “uma palmadinha nas costas” e também me abraço, permito-me parar, silenciar a mente e aproveitar o agora.
Obviamente, este é um trabalho em progresso, nem sempre me consigo colocar em primeiro lugar, nem sempre consigo colocar limites, nem sempre estou satisfeita comigo e ainda exijo demasiado de mim. Mas já consigo reconhecer o que estou e o que não estou a fazer.
Por tudo, obrigada!»
MR, 52 anos, Administrativa