Perguntam-me, várias vezes, o que é a Terapia Transpessoal, numa tentativa de compreenderem o que é que a distingue de outras abordagens terapêuticas. Dizem-me que a designação “transpessoal” as confunde (algumas pessoas assumem mesmo que a palavra as afasta) e que gostariam de perceber melhor em que consiste.

Então, eu explico que se trata de uma terapia que se apoia na escuta atenta por parte do terapeuta, que acolhe sem julgamentos ou críticas o que é trazido para cada sessão.

Digo que o terapeuta se assume sobretudo como um acompanhante no caminho, porque há momentos na vida em que estamos tão confusos ou perdidos que só precisamos de alguém que nos dê a mão e siga ao nosso lado – o que é diferente de alguém que nos indique o caminho a seguir.

Digo ainda que todas as dimensões que compõem cada pessoa estão presentes, nomeadamente, a mental/psicológica, mas também as dimensões emocional, física, social e também a espiritual (que é o que justifica a designação transpessoal).

Quanto à forma como as sessões decorrem, explico sempre que não há um guião específico – seria impossível, pois nunca sabemos o que nos vai ser trazido a cada sessão – mas recorremos à formulação de perguntas-chave e à exploração das temáticas mais relevantes na vida de cada pessoa. Como? Através de técnicas diversas, como exercícios de visualização, meditação, práticas de atenção plena, trabalho com a respiração, terapia pela arte, trabalho com o corpo, escrita terapêutica, abordagem sistémica, entre outras.

No final da explicação, a palavra transpessoal acaba por se esfumar e as dúvidas também. Acredito que percebem que aquilo que acontece é a magia de quando um ser humano escuta outro ser humano, inteiramente. Com alma, coração e em total presença.

Para saber mais sobre esta abordagem, é possível consultar aqui algumas questões frequentes:

Questões frequentes sobre Terapia Transpessoal